Reescrevendo velhos contos

Cansei, cansei desses encontros e chá de amigas. Amigas da onça, isso sim! Dobrando o cabo-da-boa-esperança, solteironas desiludidas e além de garras, línguas afiadíssimas... Cansei de suas futilidades estéticas e do planejamento tático para agarrar um "bom partido". Minha mente não suporta mais processar essas sentença: "Ai! Só falta achar meu príncipe...(suspiros)". Realidade, bata à porta, por favor!
Cavalos brancos não andam masi pelas rua, será que você já não está com Alzaimher e parou no século errado? Conheço os atuais "cavalhinhos": motorizados, quatro rodas, lataria brilhante e um belo logo reluzente no capô. Mas ao invés de príncipes, são guiados por gostosões, oportunistas e seus alteregos inflados, não receberam boa educação real e não são admirados por sua cortesia e bons modos, isso nem passa perto.
E as princesas? Decadentes ou plastificadas... o tempo e a gravidade são suspensos por liftings, fios russos, butox, silicone e muitos cortes e espichamentos. Ingenuidade e femilidade lacradas a vácuo em um badage-dress, mal cobrindo a falsa  curva fabricada do bumbum. Agora só falta me convencer que o Sr.Excelentísso-João-Pedro-Augusto foi o único grande amor de sua vida... Tá, conta outra história da carochinha.... Cadê a bruxa e o caçador malvado? Tem espaço para os 3 porquinhos, a Chapeuzinho e o Lobo-Mau nessa história?
Querida, tenho um conselho: vá ao sapateiro trocar a forma desse sapato, acho que na hora do baile você se confundiu e pegou emprestado o sapato da princesa errada. Mas corra porque a carruagem vira abóbora à meia-noite....

Nenhum comentário:

Postar um comentário